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Nessa segunda (02/03/20) logo nos primeiro minutos da manhã, a Riot Games revelou o título definitivo de sua nova IP competitiva apresentada brevemente no evento de 10 anos de League of Legends. Até então conhecido como Project A, Valorant é um FPS tático que mistura combate com armas e habilidades em mapas bem desenhados que bebe muito mais de Counter Strike que qualquer outro jogo ao qual se inspira.

O anúncio chega sem muitas surpresas na verdade, já que imagens e informações do jogo acabaram vazando em contas oficiais que foram criadas com antecedência nas redes sociais, fora furos de embargos e outros vazamentos menores como comentários de jornalistas, streamers e jogadores profissionais convidados pela Riot para testes do jogo. A comunidade competitiva está bem animada com a perspectiva promovida pelo jogo, já que a empresa do LoL é conhecida por dar um suporte monstruoso à comunidade e eventos de pequeno porte viabilizando o crescimento profissional dos jogadores que assim desejarem e se dedicarem.

Uma mistura de títulos

Valorant é um jogo de tiro tático onde duas equipes de 5 se enfrentam em mapas com objetivos, alternando rodadas como ataque ou defesa. Vence o time que obter 13 pontos em 24 rodadas. Como já citei antes, Valorant usa uma economia parecida com CS: Go: Armas e habilidades são compradas no inicio das rodadas e influenciam jogadas. Apesar dos personagens terem habilidades únicas, não se enganem: em Valorant o uso de habilidades é restrito a poucas ativações e tem mais funções utilitárias que de dano. Em Valorant, as armas são extremamente letais e elas são o foco das partidas. Não espere sair ileso de tiros de rifle de assalto na primeira esquina.

As comparações com outros jogos no mesmo estilo são claramente inevitáveis. Apesar do gameplay ser puramente bem mais inspirado em Counter Strike, o design dos personagens e uso de habilidades remete muito a Overwatch e Paladins. Mesmo assim o jogo nem saiu e já tem um estilo visual próprio sendo claramente reconhecível como “não sendo” nenhum desses outros jogos. Podemos dizer que Valorant é um CS: Go com gráficos cartunescos de Paladins e que o uso de habilidades lembra Overwatch, mas só lembra.

Novos Ares

Apesar de ser um jogo da Riot, Valorant sai do universo de League of Legends (diferente dos seus outros projetos anunciados, como o jogo de luta, também em desenvolvimento e Legends of Runeterra). Na trama do jogo, num futuro distante, a organização que dá nome ao título reúne seres humanos especiais de várias etnias e nacionalidades diferentes a fim de proteger a humanidade de uma ameaça maior (não temos informações ainda sobre o que seria isso). As demos testadas por equipes convidadas pela Riot tinham 8 personagens, 4 homens e 4 mulheres e 2 mapas. Claramente é uma versão não finalizada portanto haverá mais personagens e mapas no lançamento. Os personagens são chamados de “Operadores”.

Cada Operador possui habilidades únicas que podem ou não definir a partida: controle de área, obtenção de informações, movimentação entre várias outras. Já dissemos que as habilidades são compradas no começo dos rounds, e limitadas ao slots disponíveis. Diferente de Overwatch ou Paladins, o uso de habilidades é mais restrito e sem cooldowns pequenos ou spawn delas, tornando as armas os verdadeiros protagonistas do jogo já que elas atuam mais como suporte para ajudar quem atira primeiro. Espere para ver grandes jogadas onde a criatividade importa, mas cuja bala não perdoa.

Servidores de 128 ticks

Outro ponto chave trabalhado pela equipe de desenvolvimento do jogo é a questão da latência e desempenho. A promessa é manter o jogo rodando perfeitamente pelo minimo de 30 frames por segundo em PCs de até 10 anos e ter performance alta profissional em máquinas robustas (de 60 a 144 fps, segundo o site oficial). O jogo tem linhas simples e gráfico estilizado para ser mais democrático focado no combate sem perda de desempenho. Além disso, a Riot diz estar focada na meta do game rodar com uma latência menor que 35 ms, pelo menos das grandes cidades, com servidores gratuitos dedicados de 128 ticks em todos os lugares que forem possíveis. Assim como LoL, haverá servidores no Brasil. Outro ponto chave é a implantação de ferramentas anti trapaça desde o primeiro dia. Essa preocupação contra trapaceiros é vital, visto que jogos de tiro sempre sofrem com esse tipo de problema em algum nível em algum momento. A Riot quer a sua confiança, e ela está trabalhando duro nisso.

Alías, essa informação sobre os servidores serem gratuitos nos leva à suposição que Valorant tem grandes chances de se tornar um game gratuito para jogar, assim como são os outros jogos da empresa. Ter um jogo gratuito logo no lançamento, com a força e confiança que a Riot está depositando nesse título tem uma importância estratégica vital perante a nova onda de jogos recentes.

Valorant ainda não tem data de lançamento específica divulgada, apenas que estará disponível de alguma forma no primeiro semestre de 2020. Um beta fechado está programado, também em data desconhecida, portanto se você tem intenção de testar o jogo antes do lançamento, fique atento ao site e redes sociais do game para ter a chance de se inscrever quando essa oportunidade chegar. Valorant até agora foi confirmado apenas para PC, mas não está descartado o lançamento para consoles, teremos que esperar para ver.

Fontes: Polygon, Techtudo, IGN e Valorant

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